Walter Franco: Discografia

Quando Walter Franco apareceu, de "Cabeça" na música popular brasileira, quase não tinha antecedentes. Nem os protagonistas da Tropicália tinham ido tão longe. Era música concreta "in concreto". Foi no Festival da Globo de 1972. E sua bravura mobilizou a intervenção de gente como Décio Pignatari, Rogério Duprat e Julio Medaglia, integrantes do júri que foi destituído pela direção -- porque ousou indicar o nome de Walter como vencedor do Festival. "Cabeça" e "Me Deixe Mudo" -- a explosão da letra em estilhaços de poesia e a sua implosão nos ecos do silêncio -- composições que, como eu disse em meu "Balanço", racharam a cabeça da música popular, estão no primeiro LP de Walter o disco branco "Ou Não", gravado em fins de 1972 e editado no ano seguinte. De bate-pronto, Caetano respondia com "Araçá Azul",a sua aventura radical, e essa foi talvez a mais bela conversa de guerrilhas jamais travada no âmbito da nossa música popular de invenção bombas cruzadas de bahia e sampa, poema e samba. "Revolver" (1975) continuou a antitradição de "Ou Não" com as explosões/implosões dos seus mantras, do primal "feito gente" ao quase mudo "e(ter)na(mente)". Walter seguiu adiante com "Respire Fundo" (1978), "Vela Aberta" (1980) e "Walter Franco" (1982). Mas, minado pela mediocridade da mídia, seu caminhar se fez mais secreto. Seus novos riscos quase não foram vistos pelo público. Um dia ele escreveu o poema certo: "o ab(surdo) não h(ouve)". Oucám Walter Franco.
(* Texto de Augusto de Campos, escrito em 2000)

Em 2000, foi realizado o belo documentário "Walter Franco Muito Tudo" de Bel Bechara e Sandro Serpa, que ganhou diversos festivais. Com depoimentos do poeta Augusto de Campos, Rogério Duprat, Júlio Medaglia, Jorge Mautner, Nelson Jacobina, Jards Macalé, Lívio Tragtenberg, Leila Pinheiro e Itamar Assumpção.
Depois de duas décadas de reclusão, ele lança em 2001, o CD "Tutano", com várias parcerias, como a de Arnaldo Antunes em "Nasça".

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Rumores (Finis Africæ, Escola de Escândalos, Elite Sofisticada, Detrito Federal) (1985)

Está fazendo 21 anos que saiu um dos maiores clássicos do rock brasileiro, a coletânea Rumores, com quatro importantes bandas de Brasília dos anos 80's. Finis Africæ, Escola de Escândalos, Elite Sofisticada e Detrito Federal, ficaram um tanto ofuscados pelas luzes de outras bandas da cidade que estouraram em todo Brasil - Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude - mas, isso não tira o imenso valor dessas bandas e desse álbum seminal, que foi a estréia fonográfica delas. Rumores tem oito músicas, duas de cada banda e foi imensamente elogiada na época de seu lançamento, o jornalista Alex Antunes saudou Rumores como “a primeira coletânea honesta dos últimos tempos”, em resenha feita para a revista Bizz, de novembro de 85. Com apenas 25 minutos e 50 segundos, o disco ajudou a expor a cena musical brasiliense, desviando ainda mais a atenção da mídia para fora do eixo Rio-São Paulo.

Rumores (1985)
Lado A
1. Complexos - Escola de Escândalos
2. Van Gogh - Finis Africae
3. Fuga - Elite Sofisticada
4. Desempregado - Detrito Federal
Lado B
1. Ética - Finis Africae
2. Luzes - Escola de Escândalos
3. Fim de Semana - Detrito Federal
4. Sozinho - Elite Sofisticada

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Crédito: Ingrid Guidy
Reportagem original: Rumores (por Ian Russel)
Sites: Finis Africæ / Escola de Escândalos / Detrito Federal / Elite Sofisticada

Finis Africæ - EP (1986)

Grupo de rock brasiliense formado em 1984 por Rodrigo (voz, logo substituído por Eduardo), José "Zezinho" Flores (guitarra), Neto Pavanelli (baixo) e Ronaldo Pereira (bateria), diferenciavam-se das outras bandas da capital na época por um som mais suingado e dançante. Em 85 participaram de um "pau de sebo" da gravadora Sebo do Disco chamado "Rumores" com as músicas "Ética" e "Van Gogh". Foram a banda de maior sucesso na coletânea, e como prêmio gravaram pelo mesmo selo o mini LP "Finis Africae". Em seguida mudaram-se para o Rio de Janeiro e desfrutaram o êxito de "Armadilha", que possibilitou a gravação de um LP pela EMI "(Finis Africae", de 1987). Novas gravações de "Armadilha", "Máquinas" e "Mentiras", além das novas "Ask the Dust" e "Deus Ateu" conseguiram alguma repercussão nas rádios. Em 89, Neto e Zezinho saíram da banda, dando lugar a Roberto Medeiros (baixo), Mc Gregor (guitarra e teclados) e César Nine (guitarra). Mas em 90 o grupo se desfez, voltando a se reunir apenas em 98, para shows no Rio e Brasília.
(*Texto extraído no cliquemusic)

Finis Africæ EP (1986)
1. Armadilha
2. A queda
3. Máquinas do prazer
4. Mentiras
5. Atrás das grades
6. Pretérito

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Créditos: Ingrid Guidy
Site: Finis Africæ Site

Cadão Volpato - Tudo Que Eu Quero Dizer Tem Que Ser No Ouvido (2004)

"Tudo que eu quero dizer tem que ser no ouvido" é o primeiro CD solo de Cadão Volpato, composto, tocado e cantado integralmente por ele. As fontes de inspiração foram as mais diversas. Por exemplo: os arranjos de violão e guitarra de Chelsea Girl (1966), de Nico, a cantora do Velvet Underground; uma frase do cineasta Jacques Tati (Meus filmes não fazem minha mulher rir), uma história de amor e um quadro, Buscando o impossível, do surrealista René Magritte; Pois é, pra quê?, música do esquecido Sidney Miller; um verso de canção infantil alemã citada na coluna de esportes de José Geraldo Couto. Tudo que eu quero dizer tem que ser no ouvido segue a máxima punk do faça-você-mesmo. É música íntima, mais que intimista, simples e desossada, tocada na base do banquinho e guitarrão. Tudo que eu quero dizer tem que ser no ouvido é o esperado disco solo do vocalista do Fellini, onde ele toca todos os instrumentos.

Tudo Que Eu Quero Dizer Tem Que Ser No Ouvido (2004)
1. Tudo Que Ele Faz Não Faz Ela Rir
2. Até Amanhã
3. Carrossel
4. Ela e Os Beatles
5. O Espinho
6. O Impossível
7. Aurora do Samba
8. Pedindo Amor
9. Pensamentos São Livres
10. Hino da Minha Bandeira

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Cabine C - Fósforos de Oxford (1986)

Cabine C foi formada por Ciro Pessoa e só gravou um único e inesquecível LP chamado “Fósforos de Oxford”, com 11 faixas produzidas pelo selo RPM que foi lançado em 1986. Ciro Pessoa fez parte da primeira formação dos Titãs e também foi a sair da banda.


Fósforos de Oxford (1986)
1. Pânico e Solidão (C. Pessoa)
2. Lapso de Tempo (C. Pessoa e W. Forghieri)
3. Anos (C. Pessoa)
4. Jardim das Gueixas (C. Pessoa)
5. A queda do Solar de Usher (C. Pessoa)
6. Lágrimas (C. Pessoa)
7. Opus 2 (C. Pessoa e Anna Ruth)
8. Tão perto (C. Pessoa)
9. Soldadas (C. Pessoa e W. Forghieri)
10. Neste Deserto (C. Pessoa)
11. Fósforos de Oxford (C. Pessoa e Anna Ruth)

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Crédito: (desconhecido)

Mercenárias - Cadê as Armas? (1986)

Mercenárias foi um grupo de rock formado por Rosália Munhoz (voz), Ana Machado (guitarra), Sandra Dee (baixo) e Lou (bateria) na cidade de São Paulo em 1984. Na primeira formação contava com o guitarrista Edgard Scandurra, tocando bateria, que deixou o grupo no ano seguinte para dedicar-se exclusivamente ao IRA!. Sandra Dee também havia participado de outras bandas paulistanas, como o Voluntários da Pátria e o Smack, esta última em companhia de Scandurra. Seguindo a linha que se convencionou chamar de "pós-punk", lançou, em 1986, um disco denominado ¨Cadê as Armas?¨, pelo selo paulista Baratos Afins (gravado em 45 rpm!!), que considero, até hoje, um dos melhores discos do rock nacional. Então vamos disponibilizar um link, para que vocês conheçam este excelente trabalho das Mercenárias.

Cadê as Armas? (1986)
1. Me perco nesse tempo
2. Polícia
3. Imagem
4. Inimigo
5. Pânico
6. Amor inimigo
7. Loucos sentimentos
8. Labirintos
9. Além acima
10. Santa Igreja

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Crédito: Discografias MP3

Patife Band - EP (1986)


Patife Band foi um grupo formado por Paulo Barnabé (voz), André Fonseca (guitarra e voz), Sidney Giovenazzi (baixo e voz) e Cidão Trindade (bateria) na cidade de São Paulo em 1983. Nessa época, o conjunto contava com o baterista James Müller, substituído no ano seguinte por Cidão. O líder do grupo era o cantor, instrumentista e compositor Paulo Barnabé, que depois de tocar com o irmão Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção, investiu na carreira solo montando o conjunto. Teve o primeiro disco lançado em 1985 pelo selo Lira Paulistana. No EP destacou-se a versão do grupo para o clássico da Jovem Guarda "Tijolinho", de Wagner Benatti. No ano seguinte, participou da trilha sonora do filme "Cidade Oculta", de Chico Botelho, com a música "Pregador Maldito", de autoria de Paulo Barnabé.
(Rogério Utrila)

Patife Band EP (1986)
1. Tijolinho
2. Pregador Maldito
3. Pesadelo
4. Tô Tenso
5. Noite Feliz
6. Peiote

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